segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Frevo - parte 1-História e Patrimônio

3 comentários:

  1. Esse vídeo me fez lembrar que sempre tive dificuldade de entender o funcionamento do chamado Patrimônio imaterial. Lembro-me de ver na tv que o frevo foi decretado Patrimônio Cultural do Brasil e não entendia como isso era possível, pois na minha visão só era patrimônio casas, igrejas e etc. Após as leituras dos textos de Gilberto Velho e de François Hartog percebo que o conceito e a classificação sobre patrimônio é bem mais amplo do que eu pensava. O frevo é antes de tudo parte da identidade de um povo e possui uma forte história que não pode ser esquecida. Não se trata apenas de uma música que é tocada no carnaval para animar a população. O Frevo faz parte da construção do imaginário brasileiro com seus símbolos e manifestações. Por tanto, a elevar o frevo a Patrimônio Cultural é segurar que as tradições sejam respeitadas e que estas tenham continuidade. Desse modo, como afirma François Hartog se trata de se pensar a história como patrimônio.

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  2. Assim como disse Quésia, o senso comum, em se tratando do conceito de Patrimônio, era bastante limitado. Se acreditava, e ainda se acredita, que Patrimônio era, basicamente, as construções concretas, tais como sobrados e trilhos de bondes. Mas, nos últimos anos, várias discussões vêm sendo realizadas a fim de introduzir uma nova questão: a do Patrimônio Imaterial.

    Ainda se trata de um assunto relativamente novo, mas que vem ganhando bastante espaço, inclusive por conta de ações tomadas por órgãos responsáveis, como o IPHAN.

    Me lembro que, em 2007, ano em que o Frevo comemorava seu centenário (e o IPHAN comemorava seus 70 anos) muitas ações foram tomadas para que ele entrasse nos planos para ser transformado como Patrimônio Imaterial. Inclusive ele foi inscrito no Livro das Formas de Expressão neste mesmo ano.

    O Frevo se constitui em uma forma de representação das classes populares, que encontrou nessa manifestação artística uma forma de se representar para a sociedade. E, nem por isso, é menos importante que uma igreja de 500 anos.


    Ronaldo

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