segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Eduardo Galeano - El Derecho al Delirio (Legend)

2 comentários:

  1. Ao abrir o blog e me deparar com O vídeo de Eduardo Galeano fui transportado para uma outra época. Tempos passados e, sobretudo sentimentos passados. Desde os tempos no ensino médio Galeano é um autor que aprendi a gostar. Inicialmente por meio de "O teatro do bem e do mal" e posteriormente adentrando cada vez mais na multiplicidade da escrita desse autor. Uma vez que ele transita com a mesma qualidade em vários gêneros literários: crônicas, fábulas, contos... Galeano me seduziu por sua maneira simples com a qual mostra a complexidade social. E, sobretudo pela crítica a uma sociedade que é ao mesmo tempo igualadora e desigual. "igualador nas idéias e nos costumes que impõe e desigual nas oportunidade que proporciona (GALEANO,2009,P.25). Contudo, o tempo passou e sem que eu percebe-se os anos de faculdade arrancaram parte considerável do inconformismo que me movia há alguns anos. A acadêmia, por motivos diversos, me desanimou. Tolheu meus sonhos. Assim, o vídeo me fez rememorar velhas práticas, velhos pensamentos e consigo trouxe a vergonha do conformismo. Galeano, novamente, desafiou-me a sonhar por um mundo melhor. Um mundo mais humano. Desperto da letargia percebi que cabe a nós enquanto educadores a tarefa de mostrar que o mundo que está, o "mundo ao avesso", como diz Galeano, não é a-histórico. "Passaram-se os anos, o século está morrendo. Que o mundo ele nos deixa? Um mundo sem alma, desalmado, que prática a superstição das máquinas e a idolatria das armas: um mundo ao avesso, com a esquerda à direita, o umbigo nas costas e a cabeça nos pés"(GALEANO,2009,P.315). NÃO podemos e MUITO MENOS devemos pensar que esse mundo é a-histórico. Ou então que não tem mais jeito. Esse é nosso dever enquanto historiadores e enquanto educadores. O sonho deve viver dentro de nós para que assim floresça em nossos educandos. Por fim, para encerrar esse comentário, ou desabafo?, aponto para dois pontos. Em primeiro lugar, a sugestão para que quem ainda não leu esse pensador uruguaio o faça. Ele nos ajuda a abrir os olhos, desperta nossa criticidade e nos ajudar a combater os mais diversos preconceitos e descriminações. E em segundo lugar, deixo uma reflexão do próprio Galeano e os convido a refletir conosco: "Quando está realmente viva, a memória não contempla a história, mas convida a fazê-la" (GALEANO,2009,P.216).

    * GALEANO, Eduardo. De pernas pro ar: A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre:L&PM,2009.
    ** Marcos Paulo Torres
    (7° Período História/UFPE)

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  2. Marcos, muito obrigada pela visita. Que bom que estamos juntos na construção da educação como um espaço de utopias. Ter sonhos é um direito que muitas crianças e educadores estão perdendo, penso que é importante considerarmos esta dimensão no nosso exercicio docente.

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